segunda-feira, 16 de julho de 2012

sutileza que grita.




Como relativizar o seu tempo? Meça-o em olhares, lembranças da lua e em intensidades de sorrisos. Quando o tempo não é medido em segundos, minutos, horas, dias ou meses, a sutileza grita em um sussurro ensurdecedor no pé do seu ouvido: “Assim como qualquer outro padrão, o relógio e o calendário são desnecessários a esse caminho.” O sútil significado de atemporalidade, grafitado com letras colossais em tinta transparente... transparente, é? Pra todo o resto sim...

Muda tudo.

Seguir nesse caminho e deixar pra trás aquilo que já não vale mais, vem antes de qualquer entendimento. Muito embora não há necessidade de entendimento, o estado de graça as vezes questiona com uma sutileza educada de uma freira: “Puta que pariu, de onde veio isso?” Tão sútil quanto um elefante em uma loja de cristais, pra quem está do lado de dentro, obviamente...

E isso muda tudo. TUDO!

A vontade de ser cada vez melhor, em cada detalhe, melhor, mais preciso, mais objetivo...um desejo quase nato, que nasceu a uma lua atrás...

E a sutileza grita: Isso muda tudo!

A sensação de ler um livro em cada olhar, muda tudo. A sensação de viver uma vida em cada olhar é uma sutileza que berra estampada em contraste de tom e cor.

*Tão sútil quanto a tal da linha tênue.

lucaz.


quinta-feira, 28 de junho de 2012

mil pedaços de uma coisa só.


E de repente você olha para o lado e entende.  Você entende e se perdoa quando descobre quanto tempo se passou até o momento de ser o que deveria ser. Que não seria agora se não tivesse sido exatamente como foi. Mas isso é apenas uma parte, e se fosse só isso já seria perfeito...

E de repente você olha para o lado e sente. Você sente que não era a montanha que tinha que ir até Maomé e nem Maomé ir até a montanha. A montanha e Maomé são uma coisa só e já estão onde deveriam estar! Montanhas não se movem e Maomés uma hora cansam de andar... Mas isso é apenas uma parte, e se fosse só isso já seria perfeito...

E de repente você olha para o lado e arrepia. Você quer simplesmente estar dentro, o tempo todo. Você intuitivamente tem todas as chaves, todos os acessos a distância de um olhar. Chaves que abrem mais que um olhar, mais que um suspiro, mais que uma coincidência de shuffle em um momento (único) da vida que é tão rara, e que agora se fossilizou estrela em um céu pra dois. Um céu pra dois? Pra que mais? Mais o quê? Dois ou Um? Rá... Céu, além assim é fácil passar, pelo jeito não é o limite. O limite já foi um dia e desde que isso é, ele não o é...[respire]. Só dentro. Mas isso é apenas uma parte (aqui, a de dentro!), e se fosse só isso já seria (mais que) perfeito...

E de repente você olha para o lado e compassa. Um compasso. Com passo. Caminho. Caminho é o que importa. E se fosse só isso já seria perfeito... São mil pedaços (perfeitos) de uma coisa só (perfeita)...

(an endless puzzle...)
lucaz.