quinta-feira, 28 de junho de 2012

mil pedaços de uma coisa só.


E de repente você olha para o lado e entende.  Você entende e se perdoa quando descobre quanto tempo se passou até o momento de ser o que deveria ser. Que não seria agora se não tivesse sido exatamente como foi. Mas isso é apenas uma parte, e se fosse só isso já seria perfeito...

E de repente você olha para o lado e sente. Você sente que não era a montanha que tinha que ir até Maomé e nem Maomé ir até a montanha. A montanha e Maomé são uma coisa só e já estão onde deveriam estar! Montanhas não se movem e Maomés uma hora cansam de andar... Mas isso é apenas uma parte, e se fosse só isso já seria perfeito...

E de repente você olha para o lado e arrepia. Você quer simplesmente estar dentro, o tempo todo. Você intuitivamente tem todas as chaves, todos os acessos a distância de um olhar. Chaves que abrem mais que um olhar, mais que um suspiro, mais que uma coincidência de shuffle em um momento (único) da vida que é tão rara, e que agora se fossilizou estrela em um céu pra dois. Um céu pra dois? Pra que mais? Mais o quê? Dois ou Um? Rá... Céu, além assim é fácil passar, pelo jeito não é o limite. O limite já foi um dia e desde que isso é, ele não o é...[respire]. Só dentro. Mas isso é apenas uma parte (aqui, a de dentro!), e se fosse só isso já seria (mais que) perfeito...

E de repente você olha para o lado e compassa. Um compasso. Com passo. Caminho. Caminho é o que importa. E se fosse só isso já seria perfeito... São mil pedaços (perfeitos) de uma coisa só (perfeita)...

(an endless puzzle...)
lucaz.