sábado, 19 de abril de 2014

fluxo de permanência.

   Esse caminho que eu mesmo escolhi, é tão fácil seguir, por não ter aonde ir... Opa, peraí... já não teve, hoje tem. Já foi o tempo que não se importava que as coisas fossem com o fluxo... Nunca fui de imposições, nunca fui de criar vontades e desejos, mas sempre respeitei aqueles que chegam, se acomodam, e cativam seu lugar. Um olhar canino, expressivo, nada submisso, que se garante pela integridade e pela necessidade de ser íntegro, inteiro ou então ser nada, e se for nada, ou não se sentir tudo, se levanta e parte... como se nunca ali estivesse estado. Mas se fica, precisa de constância...
   Vontades e desejos simplesmente batem a porta, simplesmente chegam, simplesmente são. Mas, mesmo quando são carecem da constância, carecem do fluxo de permanência. Um espiral que se retroalimenta, em melindrosos movimentos cíclicos e que dança sobre a tal da linha tênue entre a inconveniência da reclamação sem ação e a palidez da passividade que pensa ser mais elástica do que é! Dois extremos, um de excesso, outro, outro de falta.
   É necessário saber investir, saber a matemática do cuidado. O querer investir vem antes, o retorno é simples mas é tudo. É simplesmente aquilo que já foi um dia, mas que não mais será se não souber as coordenadas do eterno fluxo... a dinâmica não é estática. Básico e sutil...

lucaz.