quarta-feira, 5 de setembro de 2007

ecomotion.


SEM PALAVRAS...the best trip, ever!
Com a palavra, Prof. Arnaldo, uma lenda-viva do Mountain Bike!!


ECOMOTION 3ª Geração - Radical ao extremo! Neste ano, os organizadores exageraram na dose de adrenalina. De cara, o portal da Ecomotion já dava algumas dicas do que viria pela frente. Informavam que a Peugeot Trip Trail 2007 seria uma Ultramaratona de dois dias de competição, com largadas em locais diferentes. No entanto, o espetáculo não começava por aí. Na verdade, já na chegada na sede da AMAN (Academia Militar das Agulhas Negras), em Resende, dava para sentir o tom do espetáculo: quando se pensa em segurança, se pensa no exército. Então, nada mais seguro do que ver mais de duzentas barracas da Ecomotion postadas às margens do campo de futebol da Academia. Isso sem contar com um enorme toldo e estandes de patrocinadoras, além do restaurante móvel, postado em um dos lados do gramado.


O Team Book

Um livro! É isso aí! Um livro, com Carta aberta aos atletas, escrita pelo Said, cronogramas, dados do acampamento, identificação, serviços, Road Book para equipe, altimetria, entre outras informações, esclareciam as equipes, em uma brochura finamente apresentada em cores.


A largada:

Em São José do Barreiro, cinegrafistas a bordo de um helicóptero davam uma emoção a mais, ressaltando que um membro de cada dupla carregava consigo um chip, a fim de monitorar os atletas, tanto para aferição de resultado, como para sua segurança, já que podiam ser monitorados via satélite.


O percurso do 1º dia

Paredão! Assim foi a primeira subida de 22 quilômetros de extensão com um aclive de mais de 1.200 metros. Tal situação separou por si só amadores de profissionais do esporte. Os primeiros sumiram logo de cara, fazendo com que os últimos tivessem que suar frio para chegar ao topo da Serra da Bocaina. Depois, espetaculares trilhas e single tracks dentro do Parque, culminando com uma subida em trilha de dez quilômetros em trecho extremamente técnico, que minou de vez as resistências dos menos preparados. O Radical foi a descida final, um Down Hill em que se descia 850 metros só em quatorze quilômetros: um despenhadeiro para ser sincero.


O Banquete

Após o "regaste" das duplas pelas Equipes de Apoio, isso depois de 75 quilômetros de "penúria" para os atletas amadores, estas foram transladadas da cidade de Arapeí até a sede da Aman, e após um merecido banho, mais para frio que morno, chegou a vez da comilança. Hortaliças, legumes, massas, molhos, frutas, doces, água e refrigerante, servidos à vontade, saciaram completamente a fome, enquanto a organização informava o resultado dos três primeiros colocados em cada categoria.

2º dia - Os sobreviventes

Os profissionais não curtiram muito o visual, isso em unânimes declarações ao final da prova, pois tinham que "socar a bota", já que em algumas das três posições das quatro categorias - Duplas, Feminina, Máster e Mista - foram decididas no sprint final.


As lições

Além da se saber de uma vez por todas que Ecomotion é sinônimo de Prova Profissional, cujos detalhes são determinados dentro de rigorosas regras internacionais de nosso esporte, o respeito ao meio ambiente foi levado a sério. Como exemplo disso, não foi oferecido copos de água no percurso, sistema que acaba por emporcalhar as trilhas, isso devido aos poucos que ainda não têm a noção do que é proteger nosso planeta. Outro detalhe importante é saber que Ecomotion Trip Trail é sinônimo de Desafio. Desafio dos grandes, em que um bom parceiro ou parceira, vale mais que o mais veloz; palavras da Campeã da Dupla Mista, Adriana Nascimento. Ao Odair Oliveira, nosso Semi-deus do Transrockies no Canadá, resta a lição que deixar escapar uma vitória que parecia certa nos faz ainda mortais, no que pese que a segunda colocação não diminui sua qualidade como atleta, juntamente com seu companheiro de prova Ricardo Pscheidt. Ao bem da verdade, o terceiro triunfo consecutivo do bicampeão Amarildo Ferreira e Cláudio Roberto de Souza premiou a luta e o sofrimento passados por eles para levarem o prêmio máximo da competição.

Ecomotion Trip Tail 2008

Como parece que o Said gostou de desafiar os amantes do Mountain Bike, podemos esperar que no próximo ano "chumbo grosso" virá pela frente. Eu mesmo, o destemido (risos) Professor Arnaldo estarei nessa. E você? Vai encarar? Em tempo: Posição da Equipe 102 Professor & Farinha: 23ª colocação, juntos dá 110 anos de existência da dupla. Está bom para vocês, meus caros amigos?


Arnaldo Mirandola de Farias, o Prof. Arnaldo, é professor universitário de Língua Espanhola, mas na verdade, Ciclista e Competidor (Entusiasta de Fé). Viajou de bicicleta pela Patagônia Argentina e adora participar de todas ciclo viagens em que é convidado. Curte competições de MTB de longa duração. O professor pedala bike Scott LTD, acessórios Fox e tem apoio da Scatt Bikes.

domingo, 26 de agosto de 2007

vício secular.


Açúcar, sal, derivados, processados, refinados e sintéticos em geral. Serão necessários ou apenas requintes evolutivos dispensáveis?
Sou completamente a favor dos integrais, orgânicos (e até transgênicos sim!), não-processados, mas, juro tentar não deixar meu posicionamento “natureba” comprometer a imparcialidade desse texto...
A ciência como um todo evoluiu de maneira absurda nos últimos 100 anos, particularmente o poder de extração e sintetização de elementos presentes na natureza. A extração do açúcar (sei que data de muito mais que 100 anos) seja ela da cana, beterraba, talvez seja considerado o precursor longínquo de toda essa busca desenfreada pela substância isolada. Lendo uma reportagem sobre o açúcar me veio essa questão, que já há muito me intrigava. O açúcar é uma droga! Literalmente! Pense bem, se você faz um café, tecnicamente pensando, trata-se de um processo de extração dos óleos essenciais da semente do café através de um processo de fervura e filtragem, e um desses óleos contem cafeína. Resultado, se ingerisse 200 sementes de café talvez não conseguisse espantar aquele sono chato, porém, terminando de degustar uma xícara do seu café predileto, normalmente, você fica mais atento. Agora, compre cafeína isolada em qualquer farmácia de manipulação e ingira 200 mg. Resultado: é bem provável, dependendo da sua sensibilidade à substância, que se iniciem rapidamente sintomas como taquicardia, pressão arterial alterada, elevação dos níveis de cortisol. Dá pra imaginar o mesmo com as folhas de coca. Inocente a ingestão de um chá preparado com algumas folhas da planta, e não dá pra falar o mesmo quando o princípio ativo é consumido na forma isolada! Para o açúcar porque seria diferente? Imagine quantos quilos de cana-de-açúcar você teria que consumir para obter o equivalente ao que você coloca no seu café diariamente, seria até hilário: “Bom dia! Me veja um cafezinho e 2 quilos de cana de açúcar, sem casca por favor!”
A introdução do açúcar na alimentação é tão antiga, que muitas vezes não paramos pra pensar. Tornou-se um hábito, muitas vezes não sabemos o gosto real dos alimentos, das frutas. O paladar já estranha um suco não-adoçado, logo surge a sensação de estar faltando algo. Estranho?! Não! Trata-se de um vício secular, uma recompensa alimentar iniciada na infância (Lembra da sua avó? Então, qual era o mesmo o presentinho que você ganhava quando ela queria te agradar?). Comece a refletir sobre isso, como isso pode estar diretamente ligado aos problemas, ditos, modernos. Só pra semear o debate: Porque a incidência de mutações celulares (leia-se câncer) é tão reduzida em animais silvestres, ou povos que tem pouco ou nenhum contato com a civilização e consequentemente com essas substâncias isoladas e sintetizadas?


lucaz


+ mais:



"Sem Açúcar Com Afeto" Sônia Hirsch. Editora Rocco, 1984.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

terça-feira, 21 de agosto de 2007

turn it on!


Talvez a desculpa para não escrever, não organizar as idéias, não arrumar o quarto, não lavar a louça tenha uma raiz comum...
A manutenção da freqüência lubrificada que é tão necessária e que otimiza* a sucessão de tarefas nem sempre posicionadas na hierarquia pela necessidade, quase sempre pela vontade, é algo desafiador. “Tem dias que a gente se sente um pouco talvez menos gente...” e tem outros que dá vontade de pedir licença e beijar o céu: “Excuse me, while i kiss the sky...”, no segundo caso quase sempre o ajuste da freqüência é mais suave. Sim é verdade! Mas daí a ficar refém dessas oscilações, é algo muito passivo. A forma de transformar o indesejado no versátil e aplicável, leva um pouco de teoria na formulação, porém o componente de maior proporção, sem dúvida, é a prática. A prática, a atividade, o movimento desenferruja, torna ativo. E só a atividade gera mais atividade que gera a necessidade do constante movimento, nem sempre linear, homogêneo ou ascendente, sempre crescente, desde que considerado o montante permeado pela constância. Ferrugem gera mais ferrugem, e a dinâmica sempre altera o estático...

*não gosto muito dessa palavra, muito técnica...

lucaz.

domingo, 19 de agosto de 2007

uno.


Existe uma linha muito tênue margeando pequenos e grandes assuntos...uma linha às vezes esguia e faceira, outras, áspera, grosseira, berrante...de um lado artérias calibrosas, de outro, endotélios avulsos, quase imperceptíveis!
Em todas as dimensões desse macro, a conexão existe, sempre existe...na microescala, muitas vezes apela a abstração. Divagação? Não! Lógica dedutiva, respaldada em alicerces fundados em base firme, herança de outras inquietudes, de outras insaciedades. Veleiros errantes que sempre almejam o incerto balançar, ao invés de se atracarem ao porto mais próximo, ou dentro da bahia mais hospitaleira...
Essa fusão disconexamente conectada, esse organismo uno, talvez seja dissecado aqui...e desse labirinto, nunca sair. Apenas por ele caminhar...
do.mais.simples.ao.mais.complexo.ao.mais.simples...


lucaz.