quinta-feira, 25 de setembro de 2008

mecanismo da aquisição.


Apartir do momento que adotamos a evolução como compreensão para analisar a realidade, se retroagirmos na história encontraremos respaldo para explicarmos o presente, o presente é a soma do agora com o passado vivo. Este é o movimento que embute arte, cultura, vivências, experiências, o social, porque no momento estamos fazendo história, que se somarão com outras histórias que projetarão o futuro.

E o mais interessante é que essa soma não é uma operação simples de adição...ela é regida por fatores que modulam uma equação complexa que terá como resultado o futuro. A simples alteração dos fatores (experiências, influências, vivências...) interferirá no produto final, tanto qualitativamente, quanto quantitativamente. Uma experiência prévia a uma outra determinada experiência influirá no aproveitamento e na profundidade de relacionamento com essas outras experiências...mesmo não se tratando de especificidades afins, a conexão unitária sempre nos dá um elo. E quanto mais experiência acumularmos, mais cultura, mais bagagem, mais facilidade teremos em enxergar esses elos...e assim estabelece-se uma bola-de-neve, que cresce em progressão geométrica...quanto mais preparados, mais aproveitamento...mais autonomia, como um carro que tenha tecnologia acumulada (nada mais que conhecimento acumulado e embutido) e assim consegue ir mais longe com o mesmo litro de combustível...


lucaz.

sábado, 6 de setembro de 2008

the abstract truth.



jazz com influência de blues, ou blues com influência de jazz?

The Blues and the Abstract Truth - Oliver Nelson (1961)

01 - Stolen Moments
02 - Hoe-Down
03 - Cascades
04 - Yearnin'
05 - Butch And Butch
06 - Teenie's Blues

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sábado, 23 de agosto de 2008

nanodemocracia.


Quase não se encontra um pesquisador que não seja favorável à democratização da ciência. Salvo aqueles casos patológicos de quem não acha necessário ter algo a dizer para a “dona Maria”, todo mundo defende a necessidade de popularizar o conhecimento produzido pelos cientistas. Por pragmatismo ou por princípio -tanto faz.
De um ponto de vista mais ambicioso e radical, porém, trata-se de uma democratização pela metade. Descer de vez em quando da torre de marfim, ou sair do laboratório de alta biossegurança, e deitar umas tantas pérolas aos poucos que se interessam.
Mesmo entre cientistas petistas (com perdão pela rima pobre), é raro ver alguma proposta participativa. Dar voz ao público na escolha de prioridades de pesquisa? Nem pensar. (…)
No Reino Unido, o Conselho de Pesquisa em Engenharia e Ciências Físicas (EPSRC, na sigla em inglês) se mostrou sensível à questão e ampliou uma consulta para ouvir o que o público tinha a dizer. Foi uma surpresa.
Em jogo estava uma linha de pesquisa de 15 milhões de libras esterlinas (R$ 45 milhões) para fomentar estudos prospectivos de aplicações nanotecnológicas na medicina. Segundo a revista “Times Higher Education”, o resultado levou o EPSRC a deixar de lado algumas das idéias iniciais.
A vítima principal da consulta foi o conceito “teranóstico” (mescla de terapia com diagnóstico). O plano era financiar pesquisas que pudessem levar a dispositivos capazes de circular pelo corpo do doente monitorando substâncias indesejáveis e, ao mesmo tempo, dosando a liberação de remédios.
No processo de consulta pública, ficou patente que as pessoas comuns não se sentiram confortáveis em ceder todo o controle a uma máquina -por menor que seja ela. Por ora, o projeto fica na gaveta.
No nano e no macro, vale o dito alemão: confiança é bom, mas controle é melhor.
* publicado originalmente em
Ciência em Dia: Biologia e Política (Marcelo Leite)

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

a educação pela pedra.


Uma educação pela pedra: por lições;
Para aprender da pedra, freqüentá-la;
Captar sua voz inenfática, impessoal(pela dicção ela começa as aulas).
A lição de moral, sua resistência fria ao que flui e a fluir, a ser maleada;
a de poética, sua carnadura concreta;
a de economia, seu adensar-se compacta;
lições da pedra (de fora para dentro, cartilha muda), para quem soletra-la.

Outra educação pela pedra: no Sertão (de dentro para fora, e pré-didática).
No Sertão a pedra não sabe lecionar,
E, se lecionasse, não ensinaria nada;
Lá não se aprende a pedra: lá a pedra,
Uma pedra de nascença, entranha a alma.

João Cabral de Melo Neto – Educação pela pedra.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

paradoxo neural da fluência.


Fazer o difícil parecer fácil...difícil? Fácil...
Imagine-se diante de uma tarefa, qualquer tarefa, extremamente desafiadora...agora imagine conseguir organizar todos seus pensamentos e ações de forma suficientemente clara, para que possa gastar o mínimo possível de energia, o suficiente para resolver (e bem!) a questão.
Esse é o estado de "fluência", estado de conexão máxima, estado de presença psicológica absoluta, de envolvimento total...e de gasto de energia mínimo, por isso paradoxo. Justamente onde era esperado muito gasto de energia, muito cortisol...a conexão alta otimiza tudo. É um treinamento, parecido com o de um maratonista, que aprende a usar da melhor maneira possível os hidratos de carbono, economizar energia em movimentos desnecessários, suprimindo-os...
Fluência de conexão com o que realmente importa!
lucaz.

terça-feira, 8 de julho de 2008

rádici.

MAX ROMEO - Open The Iron Gate (1973-77)

1. Every Man Ought To Know
2. Revelation Time/Hammer And Sickle
3. No Peace
4. Tacko
5. Blood Of The Prophet (Parts 1 & 2)
6. Warning Warning/Version
7. A Quarter Pound Of I'cense
8. Three Blind Mice
9. Open The Iron Gate (Parts 1 & 2)
10. Valley Of Jehosaphat/Version
11. Fire Fe The Vatican
12. Melt Away (12in Version)

Download - "Open the Iron Gate"

segunda-feira, 7 de julho de 2008

dando nome aos bois.


Jesus Cristo, Santa Bárbara, Nossa Senhora da Conceição, São Jorge, São Sebastião e São Lázaro...dependendo da óptica, respectivamente, Oxalá, Iansã, Oxum, Ogum, Oxóssi e Omulu. Iemanjá (ou Nossa Senhora da Glória)!
Iconoclastia representativa...eu chamo de montanha, mar, sol, vida, energia, árvore, sinceridade, amor, brilho nos olhos, respiração profunda! Irrespectivamente...
Mas chame como você preferir...
lucaz.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

simplesmente ócio.

intervalo...em terras mais planas, em horizontes mais limpos e conhecidos...
Aproveitando para alimentar desses mesmos horizontes o eu que andava desconectado pela sobreposição de fazeres, aproveitando pra diminuir o cortisol, aproveitando pra melhorar a conexão...sempre buscando o presente...ócio simplesmente ócio! Você tem vergonha de quê? Devia ter vergonha de ser engolido pelo senso comum...e de caminhar com a cartilha embaixo do braço!
lucaz.

sábado, 21 de junho de 2008

batuque.

Filho do maracatu pernambucano, o percussionista Naná Vasconcelos dispensa apresentações. Eleito mais de sete vezes o melhor do mundo na sua especialidade pela revista Down Beat, ele é um virtuoso criativo. Começou a tocar aos 12 anos e se especializou no berimbau. No fim dos anos 1960, gravou com Milton Nascimento no Rio de Janeiro e, em São Paulo, integrou o Quarteto Livre, que acompanhou Geraldo Vandré em "Caminhando (Pra Não Dizer que Não Falei de Flores)". Com o saxofonista Gato Barbieri iniciou sua carreira internacional. Seu primeiro disco, "Africadeus" (1972), foi gravado no exterior. No segundo, "Amazonas" (1973), misturou ritmos brasileiros ao folclore africano. Trabalhou em parceria com Egberto Gismonti por oito anos, o que resultou em três álbuns: "Dança das Cabeças" (1976), "Sol do Meio Dia" (1977) e "Duas Vozes" (1984). Sua incursão no mundo eletrônico pode ser conferida nos álbuns "Rain Dance" (1989) e "Bush Dance" (1986). Depois de morar um tempo no exterior, Naná volta ao Brasil como um dos idealizadores do Panorama Percussivo Mundial (Percpan). Ao longo de sua carreira tocou com Miles Davis, B.B. King e Paul Simon. Fez trilha para o cinema de Arnaldo Jabor (Pindorama), Lucia Murat (Quase Dois Irmãos) e Jim Jarmusch (Down by Law). Gravou com Caetano, Marisa Monte e Mundo Livre S/A.

Download - "Minha Lôa"

sexta-feira, 20 de junho de 2008

como você entende a natureza?


"O avanço da nossa percepção da natureza se opera, quando, entre a teoria e a experiência, surgem divergências. Estas nos dão a chave para a percepção mais ampla da natureza e nos obrigam a desenvolver nossa teoria. Quanto maiores forem tais divergências, tanto mais fundamental se torna a reestruturação das leis com que explicamos os processos que se operam na natureza..."

(P.L. KAPITSA, físico soviético apud Zakharov, 1992)

terça-feira, 27 de maio de 2008

degusta-som.


Pra ouvir e de-compor...
Brazilian Images traduz espírito do povo brasileiro, na linguagem do flautista Paul Horn. Com flauta, saxofone, flauta de bambu, violão e a percussão descomunal de Airto Moreira, Horn explora o som de matas e metrópoles brazucas, traduzindo o cotidiano do nosso povo, dentro de uma atmosfera sutil.


Paul Horn - Brazilian Images

1 - Streets of São Paulo
2 - Parque Do Flamengo (Flamingo Park)
3 - Vida Nocturna (Night Life)
4 - Ana
5 - Som Do Rio (The Sound of Rio)
6 - Brazilian Images
7 - Amazonia

8 - Funky Town
9 - Mulher Solitária (Lonely Woman)
10 - Sambinha (Little Samba)

Download cd 01
Download cd 02

segunda-feira, 26 de maio de 2008

tempo.


E dizem que o tempo é o melhor de todos os MESTRES...só que termina por matar todos os seus discípulos...

lucaz.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

in-divi-dualidades.


de volta ao quebra-cabeças...satisfação!


É engraçado como muitos TERMOS ou TEMAS podem ser usados com múltiplos significados. E a dificuldade para identificar seus reais sinônimos. Vale uma reflexão rigorosa a respeito. Mas, para isso, é preciso muita curiosidade, muita leitura, muita experiência, muita disposição para descobrir os reais interesses, os preconceitos, as informações que recebemos ao longo da vida, que nos fazem dar nossa interpretação a respeito de tudo. Os termos: INDIVÍDUO, INDIVIDUALIDADE, INDIVIDUALISTA, já pensou a respeito? Se tornar individuo, é emancipar-se, sempre queremos, mas inconscientemente sempre tendemos interromper.


Nove meses na barriga da mãe, dois em um, nascemos é o primeiro contato físico com o mundo. Sabe quanto tempo é necessário para percebermos a separação? Quando se percebe, começa-se a formação do mundo psicológico, inicio da tomada de consciência de quem somos: individuo. Individuação (???) essa, que queremos e não queremos, passaremos toda a nossa vida nesse toma lá da cá. Emancipação, sempre queremos, mas inconscientemente sempre tendemos interromper... Sabemos que para poder desenvolver o indivíduo (individualidade), é PRECISO ENRIQUECER NOSSO INTERIOR, isso talvez seja ao longo da vida uma das nossas maiores conquistas. Sabemos que esse enriquecimento não brota dentro de nós espontaneamente, não existe uma pré-condição, uma essência, uma natureza. "TUDO O QUE NOS ACRESCENTA É INFLUÊNCIA DE TUDO QUE NOS CERCA."
lucaz.

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indivíduo in.di.ví.duo adj (lat individuu) Que não se divide; indiviso. sm 1 Pessoa considerada isoladamente em relação a uma coletividade. 2 Sociol Ser biológico. 3 fam Homem indeterminado. 4 Homem reles, desprezível. 5 Pessoa. 6 Biol Organismo singular ou simples, capaz de existência independente. 7 Biol Membro de um organismo composto, ou colônia, por exemplo, um dos elementos distintos que constituem um hidrozoário composto. 8 Biol Qualquer uma das unidades funcionais ou fisiológicas conhecidas como biontes. 9 Ser particular de cada espécie. 10 Quím e Miner Corpo de composição constante.

individualidade in.di.vi.dua.li.da.de sf (individual+dade) 1 O que constitui o indivíduo. 2 Conjunto das qualidades que caracterizam um indivíduo. 3 Filos A parte imperecível e imortal do homem. Distingue-se da personalidade, que perece quando o homem abandona a existência física. I. jurídica: a) indivíduo ou corporação que pode representar ou ser representado em juízo; b) capacidade legal para exercer ou adquirir direitos e representar ou ser representado em juízo.

individualista in.di.vi.dua.lis.ta adj (individual+ista) Que diz respeito ao individualismo. s m+f Pessoa sectária do individualismo. Var: individualístico.

individualismo in.di.vi.dua.lis.mo sm (individual+ismo) 1 Posição de espírito oposta à solidariedade. 2 A capacidade de poder existir separadamente. 3 Existência individual. 4 Teoria que fez prevalecer o direito individual sobre o coletivo. 5 Sociol Doutrina que preconiza a importância ou valor da pessoa e procura diminuir o papel da tradição e autoridade como fatores determinantes do pensamento e da ação. 6 Biol Associação de dois organismos, interdependentes nutricionalmente, que forma um indivíduo distinto, diferente de ambos, por sua forma estrutural e condições de vida (como nos liquens).