Esse caminho que eu mesmo escolhi, é tão fácil seguir, por
não ter aonde ir... Opa, peraí... já não teve, hoje tem. Já foi o tempo que não se importava que as coisas fossem com o fluxo... Nunca fui de
imposições, nunca fui de criar vontades e desejos, mas sempre respeitei aqueles
que chegam, se acomodam, e cativam seu lugar. Um olhar canino, expressivo, nada
submisso, que se garante pela integridade e pela necessidade de ser íntegro,
inteiro ou então ser nada, e se for nada, ou não se sentir tudo, se levanta e
parte... como se nunca ali estivesse estado. Mas se fica, precisa de
constância...
Vontades e desejos simplesmente batem a porta, simplesmente
chegam, simplesmente são. Mas, mesmo quando são carecem da constância, carecem
do fluxo de permanência. Um espiral que se retroalimenta, em melindrosos movimentos
cíclicos e que dança sobre a tal da linha tênue entre a inconveniência da
reclamação sem ação e a palidez da passividade que pensa ser mais elástica do
que é! Dois extremos, um de excesso, outro, outro de falta.
É necessário saber investir, saber a matemática do cuidado.
O querer investir vem antes, o retorno é simples mas é tudo. É simplesmente
aquilo que já foi um dia, mas que não mais será se não souber as coordenadas do
eterno fluxo... a dinâmica não é estática. Básico e sutil...
lucaz.
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