E de repente você olha para o lado e entende. Você entende e se perdoa quando descobre
quanto tempo se passou até o momento de ser o que deveria ser. Que não seria
agora se não tivesse sido exatamente como foi. Mas isso é apenas uma parte, e
se fosse só isso já seria perfeito...
E de repente você olha para o lado e sente. Você sente que não
era a montanha que tinha que ir até Maomé e nem Maomé ir até a montanha. A
montanha e Maomé são uma coisa só e já estão onde deveriam estar! Montanhas não
se movem e Maomés uma hora cansam de andar... Mas isso é apenas uma parte, e se
fosse só isso já seria perfeito...
E de repente você olha para o lado e arrepia. Você quer
simplesmente estar dentro, o tempo todo. Você intuitivamente tem todas as
chaves, todos os acessos a distância de um olhar. Chaves que abrem mais que um
olhar, mais que um suspiro, mais que uma coincidência de shuffle em um momento (único) da vida que é tão rara, e que agora
se fossilizou estrela em um céu pra dois. Um céu pra dois? Pra que mais? Mais o
quê? Dois ou Um? Rá... Céu, além assim é fácil passar, pelo jeito não é o
limite. O limite já foi um dia e desde que isso é, ele não o é...[respire]. Só
dentro. Mas isso é apenas uma parte (aqui, a de dentro!), e se fosse só isso já
seria (mais que) perfeito...
E de repente você olha para o lado e compassa. Um compasso.
Com passo. Caminho. Caminho é o que importa. E se fosse só isso já seria
perfeito... São mil pedaços (perfeitos) de uma coisa só (perfeita)...
(an endless puzzle...)
lucaz.
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